quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como a palavra Marketing chegou em terras brasileiras

Esta palavra tem sido falada aos quatro ventos, e algumas pessoas ainda não conhecem seu real significado. É confundida com vendas, com propaganda, e principalmente com fundamentação enganosa. Fato histórico e cultural, que segundo o professor Richers (2000) é resultado de três fatores:

  • Processo de substituição das importações – nas quatro décadas posteriores a Segunda Guerra, países do Cone Sul investiram na aceleração do processo de industrialização. Países eminentemente agrícolas buscaram na industrialização diminuir a dependência de produtos manufaturados dos países de 1º mundo (FRANCO e BAUMANN, 2005);
  • Difusão de inovações pelas escolas de nível superior e cursos especiais – não se sabe precisar a data de entrada do termo no Brasil, mas em 1954, foi criada a EAESP/FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), e uma missão norte-americana composta por professores da Michigan State University colaboraram com o governo e o empresariado brasileiro, na formação de administradores que aplicassem os conceitos discutidos e estudados nas Universidades norte-americanas, dentre eles o Marketing.
  • Sistema de comunicação – apesar de a propaganda e a imprensa já existirem no Brasil, na década de 40 vive-se o apogeu do rádio, a chegada da televisão e a instalação de multinacionais que já possuíam experiência e conhecimento de estratégias mercadológicas. A palavra Marketing, começou a ser veiculada na mídia impressa e falada que a associou “indevidamente a ações, fatos e conceitos que não lhe dizem respeito”.
Marketing, na verdade, é uma filosofia de negócios, baseada na realização dos desejos e necessidades dos clientes. A implantação dessa filosofia exige conhecimento do mercado e investimento na substituição de velhas práticas comerciais.

A aplicação das ferramentas de Marketing (KOTLER, 2000), como: pesquisa de mercado; segmentação; estratégias para as diferentes etapas do ciclo de vida de produto, de distribuição, de vendas e de comunicação; só serão sucesso se, realmente, o cliente for a razão de ser da empresa.

REFERÊNCIAS

FRANCO, A. M. P.; BAUMANN, R. A substituição de importações no Brasil entre 1995 e 2000. Revista de Economia Política, vol. 25, nº 3, São Paulo, Jul./Set., 2005.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Escola de Administração de Empresas de São Paulo – História. Disponível em: http://www.eaesp.fgvsp.br/default.aspx?pagid=HLECUQUK.  Acessada em: 19 dez. 2006.
KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
RICHERS, R. Marketing. São Paulo: Elsevier, 2000.

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