Familiares de vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro reclamam da similaridade entre o anúncio e as imagens da tragédia de 2001
O controverso anúncio promocional da nova temporada de Mad Men
Crédito: Ad Age
Crédito: Ad Age
Poucas semanas antes da estreia da nova temporada de Mad Men, uma campanha promocional da série sobre a Madison Avenue dos anos 60 está causando grande controvérsia por remeter, para algumas pessoas, às cenas relativas aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
A polêmica é motivada por uma imagem minimalista que aparece em outdoors, cabines telefônicas e estações de metrô. O anúncio mostra um homem vestido com um terno preto, em queda livre, estampado em um fundo totalmente branco.
Algumas famíliares de vítimas dos ataques de 11 de setembro entrevistados pelo New York Times disseram que, para eles, a imagem evoca a lembrança de pessoas forçadas a pular das Torres Gêmeas em chamas e desmoronando.
O escândalo repentino mostra que muitos americanos não conhecem a série, pois a imagem do homem em queda já foi utilizada nos créditos iniciais da atração, sendo uma cena emblemática para a trama – e para o seu personagem principal, Don Draper, interpretado por Jon Hamm – desde o início.
Texto do Wikipedia ressalta que a sequência tem como referências a abertura de Intriga Internacional e o pôster de divulgação de Vertigo, que mostra um homem em queda livre – os dois filmes são do diretor Alfred Hitchcock, cujo trabalho foi a principal inspiração para a concepção do aspecto visual de Mad Men, de acordo com o criador da série, Matthew Weiner.
O canal AMC nega que haja qualquer relação entre a publicidade de sua atração e as imagens de 11 de setembro de 2001. Em um comunicado, a emissora afirmou ao New York Times que “a imagem de Don Draper em queda livre é utilizada desde o início da série, em 2007, para representar um homem cuja vida está um caos. A imagem usada na campanha serve como uma metáfora do que está acontecendo na vida do personagen Don Draper e não faz referência alguma a eventos reais.”
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