terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pesquisa aponta que 84% dos consumidores deixariam de comprar marcas que não respeitam o meio ambiente

A importância de preservar a biodiversidade deixou de ser um simples conceito. Passou, agora, a interferir também nos hábitos de compra dos consumidores. O Barômetro da Biodiversidade, pesquisa realizada pela União para BioComércio Ético (UEBT) com sete mil pessoas de sete países – incluindo o Brasil –, revela que 84% dos consumidores deixariam de comprar determinados produtos se soubessem que a marca não respeita o meio ambiente ou práticas comerciais éticas.

O estudo ainda mostra que 70% dos entrevistados já ouviram falar de biodiversidade, o que reforça a necessidade de empresas e indústrias a adaptarem seus processos produtivos para atender um público com a consciência ambiental cada vez mais em alta. Outra constatação é de que 80% dos consumidores querem estar mais bem informados sobre as práticas de abastecimento das empresas.

Um dos fatores que mais chama a atenção no levantamento é que, dentre os países avaliados, o Brasil tem a segunda população que mais ouviu falar sobre biodiversidade. No total, 93% dos brasileiros disseram já ter ouvido falar no conceito, índice que só fica abaixo da França (98%) e que supera potências econômicas como Estados Unidos (52%), Reino Unido (64%), Alemanha (45%) e Japão (62%).

No entanto, pouco menos da metade (41%) apresentou uma definição correta sobre o tema. Neste quesito, os sul-coreanos são os que mais entendem do assunto. Cerca de 42% da população do país asiático diz que biodiversidade “refere-se à diversidade que podemos encontrar em um ecossistema”. Os brasileiros, mesmo não entendendo direito o conceito, estão cientes que o país tem uma das maiores biodiversidades do planeta, especialmente na floresta amazônica.

Outra estatística de destaque é que a conscientização sobre biodiversidade vem aumentando. Entre os países avaliados, o número subiu de 56% para 65% em relação às pesquisas anteriores. Esse crescimento pode ser explicado, em parte, pela ampliação do debate acerca do assunto em meios de comunicação e mídias sociais. No levantamento, 55% dos entrevistados afirmam que ouviram falar sobre o tema através de programas de TV e documentários.

(Matéria publicada em 13/07/2011, no NOTICENTER)

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